Preta, você me inspira:
da ancestralidade à representatividade

Força Feminina, unidade da Rede Oblata em Salvador,  promove debates para superar desigualdades de gênero e raça, valorizar a cultura afro-brasileira e empoderar mulheres negras.

UMA PROGRAMAÇÃO RICA E DIVERSA

  • Data: 15 a 20 de julho de 2024
  • Local: Shopping Center Lapa – Praça de Eventos – L1
  • Exposição e comercialização: 9h às 19h30min
  • Debates e apresentações: a partir das 16h
  • Entrada gratuita
  • Debates e rodas de conversa com militantes e ativistas: espaços para reflexão crítica sobre os desafios e as conquistas das mulheres negras, buscando estratégias individuais e coletivas de enfrentamento ao racismo e patriarcado.
  • Apresentações culturais: momentos de expressão artística para celebrar a cultura afro-brasileira e fortalecer a identidade das mulheres negras.
  • Exposição e comercialização de produtos: uma oportunidade para valorizar o talento e a criatividade das afroempreendedoras e contribuir para sua autonomia financeira.
  • Caracterização do shopping: o ambiente será transformado para homenagear a ancestralidade e a cultura negra, criando uma atmosfera acolhedora e inspiradora.

De 15 a 20 de julho, a Força Feminina – Unidade da Rede Oblata em Salvador – consolida a parceria com o Shopping Center Lapa e  fomenta reflexões sobre a importância da presença das mulheres negras em espaços de poder. A quarta edição do “Preta, você me inspira!” traz como tema central uma jornada intitulada “Da Ancestralidade à Representatividade”, explorando a relevância da herança cultural afro-brasileira e da resistência contra as opressões enfrentadas. 

O “Preta, você me inspira!” faz parte da maior agenda conjunta de incidência política de organizações e coletivos de mulheres negras do Brasil, o Julho das Pretas. Essa é uma iniciativa do Instituto Odara que ocorre durante todo o mês de julho, culminando no Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, celebrado em 25 de julho. O movimento visa fortalecer a ação política e social das mulheres negras, destacando suas lutas e conquistas. Salvador, Bahia, é um dos principais locais de celebração, promovendo diversas atividades voltadas para a visibilidade e valorização das mulheres negras.

Iracema Oliveira, educadora social, explica que “um dos pilares para desenvolvimento do trabalho realizado pela Rede Oblata são as ações de sensibilização social que visam contribuir na defesa dos direitos humanos das mulheres. E compreendendo que o público atendido pela Rede Oblata é na sua maioria de mulheres negras, entende-se a importância de incitar o debate público sobre impactos da sobreposição de opressões (raça, classe e gênero).”

A Rede Oblata é um organismo mobilizador que atende e acompanha mulheres, em sua maioria negras, que exercem a prostituição no contexto de vulnerabilidade social. Localizadas na encruzilhada de diversas opressões, as mulheres negras são interceptadas, simultaneamente, por problemáticas ligadas à raça, gênero, classe social, dentre outras.  O intercruzamento destas violências agrava as situações de desigualdades vivenciadas pelas nossas atendidas.

SENSIBILIZAÇÃO SOCIAL

Um dos pilares para desenvolvimento do trabalho realizado pela Rede Oblata são as ações de sensibilização social que visam contribuir na defesa dos direitos humanos das mulheres. E compreendendo que o público atendido pela Rede Oblata é na sua maioria de mulheres negras, entendemos a importância de incitar o debate público sobre impactos da sobreposição de opressões (raça, classe e gênero). Sendo assim, a Rede Oblata promove o Preta, você me inspira, por entender a importância de refletir, discutir, participar e propor a adoção de estratégias de incidência política para garantia de direitos, exercício da cidadania plena e o bem viver das mulheres negras. 

FORÇA FEMININA

A Unidade Força Feminina, Rede Oblata que atua em Salvador, atende anualmente cerca de 425 (quatrocentos e vinte e cinco) mulheres que, em sua maioria, apresentam baixo grau de escolarização. Em pesquisa diagnóstica realizada pela Unidade em 2007, ficou evidenciado que 80% das atendidas eram negras e cerca de 70% não completaram o ensino fundamental, o que dificulta a possibilidade de superação das violações e o acesso à inclusão social. Pessoas oriundas de famílias pauperizadas, marcadas por conflitos familiares, pobreza e fome; 58% sustentam as suas casas e têm na prostituição a única fonte de renda familiar. Passados dezessete anos, através das experiências de acompanhamento realizadas às atendidas e se baseando no conhecimento empírico se pode  afirmar que os dados sobre desigualdades se agravaram. 

Contatos

Rede Oblata: Iracema Oliveira (71) 99303.4691  |  Alessandra Gomes (71) 99341.3212

Shopping Center Lapa: Laís Miranda (71) 98142.0284

Imprensa: Sálua Zorkot (31) 99159-9177  |.  [email protected]

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