Combatemos a violência cotidianamente, e intensificamos nosso trabalho para os 21 Dias de Ativismo.
A Campanha «21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres», se inicia no 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue com o dia 25 de novembro, marcando o Dia de Eliminação da violência contra a mulher; o dia 1º de dezembro na luta contra a AIDS, 6 de dezembro com a mobilização dos homens na campanha Laço Branco, e finaliza no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
«A campanha é um marco no aprofundamento das políticas de combate à violência de gênero, feminicídio e outras formas de agressões.» (CNJ)
A Rede Oblata está em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030, elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em especial, o ODS 3 (saúde e bem-estar) e ODS 5, que busca o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o enfrentamento ao tráfico de pessoas e exploração sexual.
Em uma ação coletiva, as unidades Oblatas no Brasil fizeram o Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e/ou o sinal conhecido como #SignalForHelp (Sinal por ajuda, em tradução livre para o português), que significa «Preciso de ajuda, violência baseada em gênero». Um vídeo foi divulgado como informação e engajamento na luta contra todas as formas de violência contra a mulher, como um chamado para NÃO SE CALAR, E DENUNCIAR.
A Lei nº 14.188, de 28 de julho de 2021 define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), em todo o território nacional; e altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para modificar a modalidade da pena da lesão corporal simples cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino e para criar o tipo penal de violência psicológica contra a mulher. Saiba como aderir à campanha Sinal Vermelho no site do CNJ.
Interseccionalidade e seu impacto nas mulheres negras
Jamile Soares, assistente social da Rede Oblata em Salvador – Força Feminina – trouxe uma reflexão fundamental para expandir o olhar sobre a interseccionalidade e seu impacto nas mulheres negras. Ela explana a respeito das vulnerabilidades, estratégias de enfrentamento e desigualdades.
«Essa abordagem nos permite compreender as diversas formas de opressão que essas mulheres enfrentam, considerando os marcadores de raça, gênero, classe e orientação sexual. No contexto do Brasil, um país estruturalmente machista, racista e classista, as mulheres negras estão no centro dessas interseções opressivas.
Estudos e pesquisas revelam que as mulheres negras lideram os índices de violência. Elas são as mais pauperizadas, enfrentam dificuldades no acesso a direitos básicos como saúde e educação de qualidade, são relegadas aos piores postos de trabalho e têm pouca mobilidade social. Essa sobreposição de opressões coloca as mulheres negras em situação de maior vulnerabilidade diante das violências, tornando difícil a quebra desses ciclos.
Diante dessa realidade desafiadora, é imprescindível adotar estratégias eficazes para enfrentar essa situação. Educação e sensibilização da sociedade são fundamentais para discutir e combater as manifestações dessas violências. Além disso, é essencial buscar a garantia dos direitos das populações vulnerabilizadas por meio da implementação de políticas públicas que levem em consideração a interseccionalidade como lente analítica.
Os 21 Dias de Ativismo são uma oportunidade valiosa para ampliar o debate sobre a interseccionalidade e suas implicações na vida das mulheres negras. É um momento de resistência, superação e busca por soluções para enfrentar as desigualdades estruturais e as violências que afetam essa comunidade.»
Confira o vídeo no instagram
Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres
Uma missão une os quatro países da Província Santíssimo Redentor, da qual o Brasil faz parte junto com Angola, Argentina e Uruguai. A acolhida, desdobramento da pedagogia Oblata, as oficinas educativas promovidas, bem como o acompanhamento e atendimento social às mulheres em contexto de prostituição e vulnerabilidade social, nos apresenta dados, fatos e vozes muitas vezes silenciadas. A Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor segue sensibilizando e enfrentando as violações dos direitos humanos das mulheres, na luta por um mundo mais justo. O material produzido veio para expressar a diversidade e força das mulheres, que têm suas vidas ameaçadas, seus corpos violados, e ainda assim encaram os desafios para transformar o mundo agora e para futuras gerações de meninas. Por todas nós, basta de violência. Nos queremos vivas!
Projeto Antonia no “Dia Mundial de Luta Contra a Aids”
O Projeto Antonia – Rede Oblata em São Paulo, participou de evento junto ao Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids). O “Dia Mundial de Luta Contra a Aids” aconteceu no dia 1º de dezembro, na Praça da Sé, e contou com as integrantes da nossa equipe. Segundo Eduardo Luiz Barbosa, Coordenador do Mopaids:
«Este ano, o movimento priorizou a defesa da saúde da população em situação de rua, especialmente o acesso aos serviços, aos insumos e a uma atenção solidaria e empática. Jamais acabaremos com a aids e a tuberculose sem um olhar atento e solidário as pessoas em situação de rua. Dentre as atividades, ocorreu uma grande tribuna para ouvir o que a população em situação de rua tem a dizer e a entrega de água, lanches, oficinas, corte de cabelo, testagem rápida de HIV e sífilis, e distribuição de insumos de prevenção.
Nesta proposta de parceria pela sensibilização, o Projeto Antonia convidou a ativista Lucrécia Lopes para falar sobre a importância de se divulgar informação verdadeira no Sobre HIV e AIDS. Confira o vídeo publicado no Youtube da Rede Oblata Brasil.
É urgente mobilizar os Homens para conscientização e enfrentamento da violência contra a mulher
Dando sequência às datas que marcam o período dos 21 Dias de Ativismo, o dia 6 de dezembro marca a Campanha ‘Laço Branco’, que tem como objetivo conscientizar e combater a violência contra as mulheres. O envolvimento dos homens nesta defesa de direitos, proteção e busca pela igualdade de gênero é essencial para a contenção da onda de violência contra as mulheres. O Dia Nacional da Mobilização dos Homens foi instituído no Brasil pela Lei n. 11.489/2007.
Nós nos unimos a essa causa para promover o respeito, a igualdade e a não violência. Convidamos voluntários do Diálogos pela Liberdade para deixarem suas mensagens e se colocarem como agentes de transformação, pois podem levar informação, diálogo para espaços diferenciados, sensibilizando e somando forças nesse enfrentamento contínuo.
No Dossiê Mulher do ISP (2016 a 20200, os números mostram que a maioria das vítimas de feminicídio é morta pelo companheiro ou ex-companheiro (59%) e dentro de casa (59%). Agência Brasil
Confira o vídeo no instagram da Rede Oblata