No Brasil, a Igreja Católica reflete ao longo do mês de agosto sobre as diversas vocações específicas. Mas, por que é importante discernir e responder a sua vocação? Você já se perguntou isso?

Quando aceitamos e respondemos a chamada que Deus nos faz, somos felizes e realizados/as. Vocação acertada é sinal de vida fecunda. Ir. Priscilla Fernandes escreve aprofundando sobre o temática da vocação.

Somos chamados/as, qual nossa resposta?

Falar de vocação é falar de chamado, mas também de resposta e de escuta. É ter a certeza que este chamado tem por iniciativa a vontade de Deus que nos chama, nos convida a seguir a Ele mais de perto.

A iniciativa para este chamado é sempre de Deus. Ele nos escolhe, Ele nos chama a ser  colaboradores na construção do Reino, e nós precisamos ter os ouvidos e o coração atento e aberto para escutar seu chamado e responder com generosidade.

A consagração é o fundamento da Vida Religiosa Consagrada. A partir da consagração nos entregamos totalmente à vontade de Cristo. E nesta entrega, cada Consagrado precisa ver a Jesus como seu único e verdadeiro amor, porque só assim podemos amar verdadeiramente aqueles que Ele mesmo coloca em nosso caminho.

A Vida Religiosa Consagrada é chamada a viver o amor, que é o fundamento e expressão do cristão. Somos chamados a viver este amor através dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e assim sermos fermento escondido na vida do povo de Deus, comunicando seu amor e sua ternura.

“A vida consagrada nasceu da chamada do Espírito para seguir a Cristo Segundo o ensinamento do Evangelho”. (PC. 2). É um dom divino, uma aliança de amor e fidelidade, onde temos como ideal aderir inteiramente à vontade de Cristo e quem sabe um dia poder dizer como São Paulo: “Para mim, viver é Cristo”.

A consagração sempre foi um sinal de Deus para o mundo, um sinal de sua ternura, de seu cuidado e de seu amor. Nestes tempos em que vivemos de pandemia o testemunho e a presença da Vida Consagrada junto aos mais vulneráveis é a pura manifestação da ternura de Deus frente aos que sofrem.

Assim, como os profissionais de saúde se colocam na fronteira para enfrentarmos e vencermos esta situação, nós religiosos, também ofertamos nossas vidas, colocando-nos nas fronteiras geográficas, mas também nas fronteiras existenciais, sendo aí sacramento da ternura do amor de Deus.

O que configura a Vida Religiosa Consagrada é o seguimento a Jesus. Nós, as Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, seguimos os passos de Jesus Redentor, ofertando nossa vida em favor das mulheres que exercem a prostituição e/ou são vitimas de tráficos para fins de exploração sexual.

“OLHAMOS OS EXEMPLOS E AÇÕES DA VIDA DE JESUS, E NA MEDIDA DO POSSÍVEL NOS FAZEMOS SEMELHANTES A ELE”.

Aí onde a vida se encontra ferida, excluída, ofertamos totalmente nossa entrega, buscando ser esse sinal da ternura de Deus. Buscamos ser esse sinal de ternura de Deus, através da acolhida, da alegria, da escuta, do testemunho de vida e de oblação, da entrega de nossas vidas para que elas tenham vida e vida em abundância.

Ser sinal da ternura de Deus é poder testemunhar um Deus terno, próximo, amigo. É colocar nossa consagração a serviço da vida de outros, é ser como disse nossa grande Cora Coralina:

“Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove”.

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